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Foto: Divulgação |
A
notícia de que a Argentina poderá vir a exportar camarão para o Brasil, vem
causando insatisfação entre os produtores dos principais polos da
carcinicultura: Ceará, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e também ao Secretário de Planejamento e Ordenamento da
Pesca do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Flavio Bezerra.
O
Secretário se coloca contra à medida que vem sido discutida entre o governo
brasileiro, por meio dos Ministérios da Pesca, da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) e do MDIC, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior.
“Uma das minhas preocupações é referente ao
impacto sócio econômico que essa
importação irá trazer ao Brasil”, declara Flávio.
A
importância econômica da produção brasileira referente aos dados equivalentes
ao ano de 2003, o camarão cultivado ocupou o 2° lugar na pauta das exportações
do setor primário da Região Nordeste e contribuiu com US$ 226 milhões dos US$
427,92 milhões gerados pelas exportações do setor pesqueiro brasileiro.
Por
ocasião da ação antidumping imposta
pelos Estados Unidos ao camarão de vários países, inclusive o Brasil,
sequenciada pela desvalorização cambial sem a correspondente compensação
financeira, este nobre produto perdeu competitividade nas exportações,
obrigando os produtores brasileiros a investir e desenvolver o mercado interno.
Como
resultado desse esforço de promoção e divulgação, a participação do mercado
brasileiro de camarão foi elevada de 22% em 2003 para 98% em 2010.
“Graças
ao esforço das políticas públicas, o setor camaroneiro brasileiro encontra-se
em processo de franca recuperação, projetando um crescimento da carcinicultura
de 15 a 20% em 2011”, afirma o Secretário.
“Essa
recuperação se deu após o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA) em 1999, ter adotado à medida que proibiu a importação de crustáceos
pelo Brasil, contribuiu-se efetivamente para essa recuperação”, explica Flávio.
Segundo
a Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Pesca do MPA, isso significa que:
uma vez que as exportações do crustáceo encontraram diversas barreiras cambiais
e comerciais, os
produtores que se voltaram ao desenvolvimento do mercado interno se veem
obrigados a amargar um prejuízo sem precedentes, posto que, apenas o Nordeste
do País.
“A carcinicultura emprega cerca de 50
mil trabalhadores e se colocarmos como exemplo dados de importação em um número
de 30 mil toneladas de camarão, cerca de 16 mil postos de trabalho sofrerão
baixas, e isso, de fato, é uma enorme preocupação para o setor”, conclui Flávio
Bezerra.
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