sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Flávio Bezerra entra em defesa dos carcinicultores brasileiros.

Foto: Divulgação

A notícia de que a Argentina poderá vir a exportar camarão para o Brasil, vem causando insatisfação entre os produtores dos principais polos da carcinicultura: Ceará, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e também ao Secretário de Planejamento e Ordenamento da Pesca do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Flavio Bezerra.

O Secretário se coloca contra à medida que vem sido discutida entre o governo brasileiro, por meio dos Ministérios da Pesca, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do MDIC, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

“Uma das minhas preocupações é referente ao impacto sócio econômico que  essa importação irá trazer ao Brasil”, declara Flávio.

A importância econômica da produção brasileira referente aos dados equivalentes ao ano de 2003, o camarão cultivado ocupou o 2° lugar na pauta das exportações do setor primário da Região Nordeste e contribuiu com US$ 226 milhões dos US$ 427,92 milhões gerados pelas exportações do setor pesqueiro brasileiro.

Por ocasião da ação antidumping imposta pelos Estados Unidos ao camarão de vários países, inclusive o Brasil, sequenciada pela desvalorização cambial sem a correspondente compensação financeira, este nobre produto perdeu competitividade nas exportações, obrigando os produtores brasileiros a investir e desenvolver o mercado interno.

Como resultado desse esforço de promoção e divulgação, a participação do mercado brasileiro de camarão foi elevada de 22% em 2003 para 98% em 2010.

“Graças ao esforço das políticas públicas, o setor camaroneiro brasileiro encontra-se em processo de franca recuperação, projetando um crescimento da carcinicultura de 15 a 20% em 2011”, afirma o Secretário.

“Essa recuperação se deu após o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em 1999, ter adotado à medida que proibiu a importação de crustáceos pelo Brasil, contribuiu-se efetivamente para essa recuperação”, explica Flávio.

Segundo a Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Pesca do MPA, isso significa que: uma vez que as exportações do crustáceo encontraram diversas barreiras cambiais e comerciais, os produtores que se voltaram ao desenvolvimento do mercado interno se veem obrigados a amargar um prejuízo sem precedentes, posto que, apenas o Nordeste do País.

“A carcinicultura emprega cerca de 50 mil trabalhadores e se colocarmos como exemplo dados de importação em um número de 30 mil toneladas de camarão, cerca de 16 mil postos de trabalho sofrerão baixas, e isso, de fato, é uma enorme preocupação para o setor”, conclui Flávio Bezerra.  

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