Pesca irregular é o que mais preocupa o setor, diz o Titular da SPA, Ricardo Campos - Foto: Gerson do Valle |
A falta de chuvas
regulares afeta não somente a agricultura, mas a atividade pesqueira. No Ceará,
a seca desse ano influenciou diretamente na produção de pescado do Estado,
principalmente da lagosta e do camarão.
Essa queda chega a
50%, segundo aponta estudo do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da
Universidade Federal do Ceará (UFC). “Das 2,2 mil toneladas anuais, devemos
alcançar algo em torno de 1,1 mil toneladas por ano”, afirma o diretor do
Instituto, professor Luís Parente Viana.
De acordo com o titular da Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado do Ceará (SPA), engenheiro de pesca Ricardo Campos, a questão da pesca irregular é o que mais preocupa o setor. “Neste ano, cinco contêineres com lagosta pescada de forma irregular foram apreendidos, só para que se tenha uma ideia do problema”, diz o titular da SPA.
O Secretário disse
ainda que a redução de chuvas, com efeito direto na salinidade do mar e ventos
mais fortes do que o normal, aliados à pesca predatória e ilegal, são
responsáveis pela diminuição do setor, com impacto na oferta, e
consequentemente, nos preços para o consumidor final.
O consumidor esta pagando 30% a mais na hora comprar a Lagosta e o Camarão. Foto: Gerson do Valle |
Donos de boxes do Mercado
dos Peixes, no Mucuripe, confirmam a redução e dizem que o consumidor encontra
lagosta e camarão para comprar, mas por um preço que chega a 30% maior.
“O camarão que a
gente comprava por R$ 9,00 e vendia a R$ 10,00, agora é comprado por nós entre
R$ 10,00 a R$ 15,00 e só podemos vender mais caro do que isso”, reconhece o
vendedor do box 20.
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