terça-feira, 11 de setembro de 2012

Produção de camarão no Ceará deve chegar 9,5% há mais que no ano passado.

Foto: Gerson do Valle

O Ceará é o maior produtor de camarão do Brasil. Só em 2011, foram produzidos 32 mil toneladas do crustáceo, distribuídos em 5.760 hectares de terra. As regiões sul e sudeste do Brasil ainda são os maiores consumidores do produto.
A expectativa no aumento da produção de camarão ainda para este ano é de 9,5%, em relação ao cultivo do ano passado.  Estima-se que até o final do ano, a carcinicultura deve comercializar 35 mil toneladas do crustáceo contra 32 mil produzidas no ano passado.

Estudo realizado em 2011, já sinalizou o aumento da produção de camarão no Estado do Ceará, o qual tem capacidade para duplicação.
De acordo com avaliações realizadas pela Câmara Setorial do Camarão, no ano passado, foi revelado que a área de mangue só tem crescido no Ceará.  A própria Secretaria de Pesca e Aquicultura do Ceará (SPA), reconheceu, na época da divulgação do estudo, que o Ceará tinha muito a crescer no setor da carcinicultura nos próximos anos.

Foto: Gerson do Valle
O setor produtivo está bem, avalia o presidente da Associação Cearense dos Criadores de Camarão (ACCC), Cristiano Maia, e poderia estar melhor ainda, se não fossem os entraves enfrentados por alguns produtores como a redução da linha de crédito bancário e o impedimento de algumas licenças ambientais.
A extensão da área atual voltada para a atividade no Estado é formados por 5.760 hectares, divididos em cinco polos produtores e 180 empreendimentos.
Segundo Cristiano Maia, somente 50% de capacidade da produção está sendo usado e muito outros “gargalos” precisam ser vencidos para expandir mais o setor.

Dados da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC) da conta de que, em 2003, o camarão cultivado no Brasil ocupou o 2º lugar na pauta das exportações do setor primário da Região Nordeste, com 58.450 toneladas, contribuindo com US$ 226 milhões para a economia, representando 55% das exportações dos US$ 427,92 milhões gerados pelas exportações do setor pesqueiro brasileiro, no período.

Ainda no ano de 2003, o camarão cultivado no Brasil ocupou o primeiro lugar com 25% das importações de camarão pequeno e médio dos Estados Unidos, seguido pela China (20%), Tailândia (12%) e Equador (9%).  Já em 2011, com a vigência da ação antidumping, imposta pelos Estados Unidos ao camarão de vários países, inclusive do Brasil, o setor decresceu para o 59º lugar nas importações da Europa, obrigando o produtor brasileiro a reduzir sua produção e a reorientar suas vendas para o mercado interno.

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