“Ar, mar, areia e gente”. Utilizando a tribuna da Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador Roberto Mesquita (PV) apresentou um projeto acadêmico de revitalização do Serviluz. A apresentação é o resultado de um trabalho de monografia do curso de Arquitetura da Universidade de Fortaleza. O estudo mostra uma alternativa para a revitalização da área, preservando e intensificando as atividades locais. O parlamentar ressaltou ainda os problemas que a Orla da Capital Cearense sofre com as intervenções do ser humano, como os espigões e o Porto do Mucuripe. Roberto Mesquita questionou o posicionamento do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-CE), Régis Medeiros, segundo quem a construção de um estaleiro no Titanzinho irá beneficiar o turismo de negócios.
Durante a apresentação, Mesquita destacou as vantagens da implementação de projetos urbanísticos que favoreçam o meio ambiente e a comunidade local. Segundo o parlamentar, o estaleiro quebraria a proposta de integração da Orla fortalezense, tendo como ponto de intersecção o Serviluz.
Para o vice-líder da oposição na Câmara, vereador Dr. Ciro (PTC), a exposição é uma forma romântica pensar os projetos para a área, pecando pela parte técnica. “É necessário compatibilizar os projetos (Prefeitura e Governo do Estado)”, colocou.
O vereador Guilherme Sampaio parabenizou a iniciativa de Roberto Mesquita, que, segundo ele, trata com lucidez o debate sobre o estaleiro. “Nós não podemos deixar de pensar a cidade para daqui há 10, 20 ou 30 anos”, enfatizou o parlamentar.
O líder do PT na Câmara, vereador Ronivaldo Maia, frisou que o embate de ideias sobre o estaleiro gira em torno do aspecto econômico de implantação do equipamento industrial. “Querem botar lá (Serviluz) porque é mais barato”, expôs.
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