Os secretários Roberto Monteiro, da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará, e Deodato Ramalho, do Meio Ambiente e Controle Urbano de Fortaleza, defenderam durante a audiência pública da Câmara Municipal, o sossego dos cidadãos. Foi apresentado e discutido o projeto do vereador Guilherme Sampaio que estabelece a obrigação de licença para a montagem de equipamentos de som automotivos.
Roberto Monteiro afirmou que o som é uma forma de energia. Como o homem também é uma energia, o corpo é sensível ao som. “A música é algo mágico que faz sonhar, ter doces ou amargas recordações”, enfatizou. A poluição sonora agride. “Se eu tiver diante da minha janela um som em altíssimo volume, não poderei dormir”, acrescentou. Esse tipo de conduta é uma das mais trágicas para os cidadãos.
Cerca de 30% dos chamados pelo 190 – informou o secretário Monteiro – decorrem de abuso de som, que muitas vezes terminam em mortes. Ele lembrou casos, envolvendo a polícia e usuários de som. Casos que poderiam ser evitados se bares e casas de diversão tivessem isolamento acústico. “Ouvir música é uma das coisas mais afáveis, mas não podemos abusar, prejudicando o cidadão, em especial o idoso e a criança”, ponderou.
Para Deodato Ramalho, todo problema da poluição sonora está ligado, sobretudo à questão do sossego público. Não é raro, segundo ele, encontrar paredões de som ligados nas ruas das 2h às 4h da madrugada. Ele considera ser fundamental a busca da compatibilização o desejo das empresas de som e o interesse coletivo.
Quem mais se atormenta com o excesso de som em Fortaleza, frisou Ramalho, é o cidadão em primeiro lugar. E, segundo, são os servidores da sua Secretaria os responsáveis em fazer o controle. “É angustiante você receber telefonemas permanentemente de cidadãos desesperados, alguns doentes, estudantes que não podem estudar e de igrejas, todos os dias da semana”, disse. A lei dispõe que emitir som acima de 85 decibéis é considerado crime ambiental.
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