sexta-feira, 16 de março de 2012

Ações de combate ao crack na Capital são discutidas na CMFor.


Foto: Evilázio Bezerra 
O avanço do crack no Brasil têm sido tema de grandes discussões. A droga , que é uma mistura de cocaína, bicarbonato de sódio e água destilada têm atraído muitos usuários. Com o objetivo de buscar soluções para esse problema, que não é apenas de saúde, mas também social e econômico, como destacou o psiquiatra Alfredo Holanda, foi realizada nesta quinta-feira,15, audiência pública na Câmara Municipal. A iniciativa foi do vereador Alberto Queiroz (PTN).
O parlamentar iniciou o debate destacando o Plano Integrado de Combate ao Crack e outras Drogas, que prevê a distribuição de recursos federais, por meio de convênios entre a União e as prefeituras, para combater o uso de entorpecentes no Brasil. Segundo o vereador o Programa já foi implantado no Estado de Pernambuco.
O reverendo Carlos Dantas, representante da Associação Brasileira de Assistência aos dependentes químicos, apresentou os dados do IBGE e da pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios sobre o avanço da droga no País. Os dados revelam o crescimento do consumo da droga, com mais de um milhão de usuários, presente em 98% das capitais brasileiras. Diante desse quadro o reverendo falou sobre a necessidade da criação de uma secretaria especial que coordene todas as políticas de enfrentamento às drogas.
A representante da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), Dra. Virna de Oliveira , apresentou um quadro geral dos Centros de Atendimento Psicossocial no Ceará, destacando os benefícios que a Portaria nº 3088/2011 do Ministério da Saúde trará para a Rede de Saúde. Atualmente existe 100 CAPS no estado, sendo 86 no Interior e 14 na Capital, destes 17 são especializados em álcool e outras drogas, além de 174 leitos de internamento, serviços esses que deverão ser ampliados com as novas diretrizes nacionais e com a implementação de mais 10 CAPS AD, funcionando em plantão de 24 horas.
Cristiane Ramires, diretora executiva do Centro de Recuperação Leão de Judá, destacou a necessidade de aumentar os investimento nas comunidade terapêuticas. Ela falou sobre as dificuldades que as unidades enfrentam com a falta de recursos, pois a maioria das pessoas que procuram tratamento não tem condições de ajudar as entidades.
A Coordenação Integral à Criança e ao Adolescente de Fortaleza, representada por Nei Robson, apontou as ações que a Prefeitura vem realizando no combate ao uso de drogas por crianças e adolescente. Ele destacou o “Consultório de Rua” e da importância de um envolvimento múltiplo de vários setores da sociedade na efetivação das políticas.
O vereador Alberto Queiroz encerrou a audiência salientando a importância do debate para a busca de soluções. “É preciso unificar as forças para cobrar ações do governo municipal e federal que inibam essa prática ilícita”, frisou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente este artigo: